Nós somos seres únicos, somos o resultado da interação de nosso exclusivo genótipo com o meio ambiente em que vivemos, e não poderia ser diferente quanto às reações aos alimentos.
Sabemos que se um alimento, mesmo em pequena quantidade, for diretamente injetado em nossa corrente sanguínea, o resultado será um choque anafilático. Porém, ao consumir o alimento via oral, proporcionamos ao organismo a nutrição essencial à vida. Isso é possível devido ao importante trabalho realizado pelo trato gastrintestinal na quebra das macromoléculas de alimentos, transformando-as em nutrientes (processo da digestão).
Nosso organismo necessita de nutrientes, não de alimentos, no entanto, se nossa digestão encontra-se comprometida por hábitos alimentares incorretos, ou pelo consumo de alimentos mal tolerados por nosso corpo, tais macromoléculas alimentares não conseguem ser transformadas em nutrientes. Ao ultrapassar a dose tolerada por nossa corrente circulatória de tal substância (macromoléculas), iniciamos em nosso organismo uma reação alérgica classificada como hipersensibilidade do tipo III, ou ainda de alergia alimentar tardia, onde sintomas podem demorar até 3-4 dias para serem manifestados após o consumo do alimento mal tolerado.
A alergia tardia desencadeia inflamação constante em nosso organismo podendo atingir qualquer região de nosso corpo para manifestar o processo inflamatório crônico. Os sintomas desta manifestação alérgica são variados, entre eles podemos citar: alterações corpóreas (aumento ou perda de peso), alterações gástricas ou intestinas (má digestão, refluxo, gastrite, úlcera, colites), depressão, enxaquecas, hiperatividade, fadiga, doenças autoimunes, queda de cabelo, unhas frágeis, pele ressecada ou oleosa, alterações hormonais, hipertensão arterial, diabetes, osteoporose, manifestações cutâneas (acne, psoríase, dermatite), alergias respiratórias (asma, bronquite, rinite...).
Mais de 50% da população possui a alergia tardia e não tem conhecimento. Qualquer alimento pode desencadear este tipo de alergia, sendo os mais comuns, alimentos com proteínas de difícil digestão.