01 dezembro, 2011

Alergia alimentar tardia

Nós somos seres únicos, somos o resultado da interação de nosso exclusivo genótipo com o meio ambiente em que vivemos, e não poderia ser diferente quanto às reações aos alimentos.

Sabemos que se um alimento, mesmo em pequena quantidade, for diretamente injetado em nossa corrente sanguínea, o resultado será um choque anafilático. Porém, ao consumir o alimento via oral, proporcionamos ao organismo a nutrição essencial à vida. Isso é possível devido ao importante trabalho realizado pelo trato gastrintestinal na quebra das macromoléculas de alimentos, transformando-as em nutrientes (processo da digestão).
Nosso organismo necessita de nutrientes, não de alimentos, no entanto, se nossa digestão encontra-se comprometida por hábitos alimentares incorretos, ou pelo consumo de alimentos mal tolerados por nosso corpo, tais macromoléculas alimentares não conseguem ser transformadas em nutrientes. Ao ultrapassar a dose tolerada por nossa corrente circulatória de tal substância (macromoléculas), iniciamos em nosso organismo uma reação alérgica classificada como hipersensibilidade do tipo III, ou ainda de alergia alimentar tardia, onde sintomas podem demorar até 3-4 dias para serem manifestados após o consumo do alimento mal tolerado.

A alergia tardia desencadeia inflamação constante em nosso organismo podendo atingir qualquer região de nosso corpo para manifestar o processo inflamatório crônico. Os sintomas desta manifestação alérgica são variados, entre eles podemos citar: alterações corpóreas (aumento ou perda de peso), alterações gástricas ou intestinas (má digestão, refluxo, gastrite, úlcera, colites), depressão, enxaquecas, hiperatividade, fadiga, doenças autoimunes, queda de cabelo, unhas frágeis, pele ressecada ou oleosa, alterações hormonais, hipertensão arterial, diabetes, osteoporose, manifestações cutâneas (acne, psoríase, dermatite), alergias respiratórias (asma, bronquite, rinite...).
Mais de 50% da população possui a alergia tardia e não tem conhecimento. Qualquer alimento pode desencadear este tipo de alergia, sendo os mais comuns, alimentos com proteínas de difícil digestão.



03 novembro, 2011

Nutrição e Gestação


Através da alimentação obtemos todos os nutrientes necessários para que funções sejam executadas em nosso organismo e assim tenhamos uma formação corporal saudável. Portanto, os cuidados com a alimentação devem ser dobrados na fase gestacional, já que além de equilibrar o corpo da mulher os nutrientes consumidos também implicarão em uma nova vida que está sendo gerada.

A alimentação do homem e da mulher, quando adequada nutricionalmente, é a forma mais natural e eficiente para garantirmos a fertilidade, assim como uma gestação tranquila e consequentemente a formação de um indivíduo saudável. Para atingir a plena capacidade da gestante gerar uma nova vida, com saúde, devemos antes de tudo, garantir que a mulher tenha as condições nutricionais adequadas para iniciar esta nova configuração orgânica que é a reprodução. Nesta fase a mulher necessita que todos os seus recursos estejam funcionando adequadamente, sendo o estado nutricional crítico tanto para a mãe quanto para o bebê, determinando bem-estar e qualidade de vida a ambos, assim como a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis ao longo da vida.

A alimentação saudável da mãe (antes, durante e após a gestação), o aleitamento materno exclusivo no período recomendado e a introdução correta de alimentos no desmame, irão proporcionar ao bebê adequado crescimento e desenvolvimento tanto físico como mental, prevenindo também o surgimento de desequilíbrios em sua saúde ao longo de sua vida.

Sugestão de leitura: Mães saudáveis têm filhos saudáveis
Autoras: Denise Carreiro e Mayra Correa



10 outubro, 2011

Nutrição e oncologia

Pesquisas relatam que o desenvolvimento de diferentes formas de câncer é resultado de interações entre fatores endógenos (de nosso próprio organismo) e ambientais, sendo o mais notável desses fatores a dieta. Estudos ainda indicam que 30 a 40% dos cânceres estão diretamente ligados aos alimentos que consumimos, aos exercícios que fazemos e o quão bem controlamos o nosso peso. Também é de nosso conhecimento que o câncer é uma doença que gera a seus portadores uma elevada desnutrição com perda tecidual e atrofia da musculatura, podendo esta ser uma consequência direta do tumor ou de cirurgias sofridas, ou ainda do tratamento pela radiação/quimioterapia, além dos fatores psicológicos frente à doença. O tratamento submete o paciente oncológico a sintomas característicos, como, a falta de apetite, náuseas, vômitos, dificuldade para engolir e diarreia. A terapia nutricional faz-se extremamente necessária para suprir a carência de nutrientes e não permitir que maiores desequilíbrios sejam manifestados, além disso, com a alimentação bem orientada, é possível prevenir e amenizar efeitos colaterais ocorrentes, proporcionar bem estar ao indivíduo e auxiliar no sucesso do tratamento.




12 setembro, 2011

Lançamento do livro: Cálcio, na forma, na medida e no lugar certo

Este mês a nutricionista, Dra Denise Madi Carreiro, lança seu novo livro "Cálcio, na forma, na medida e no lugar certo". Já tive a oportunidade de ler esta nova publicação, que faz jus ao seu atraente título, leitura obrigatória para todos aqueles que buscam uma alimentação inteligente e saudável!



A utilização correta do cálcio, para o desempenho de todas as funções do organismo, depende da presença de nutrientes que estão faltando em nossa alimentação!

- A importância do cálcio para o funcionamento geral do organismo.
- A sinergia dos nutrientes para formação da massa óssea.
- Avaliação, pevenção e tratamento da osteoporose pelo aspecto nutricional.
- Fontes de cálcio: mitos e realidades.
- Suplementos usuais de cálcio: Mais riscos que benefícios! Como se proteger deles?




08 setembro, 2011

Berinjela

Este mês participei com dicas para a revista GUIA DA COZINHA ressaltando as qualidades da berinjela, confira aqui um pouquinho da matéria!




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Boa para a memória e para os ossos, a berinjela vem sendo apontada como um dos alimentos que não podem faltar em nossa mesa. "Na última década, os fitoquímicos (compostos bioativos presentes naturalmente nas frutas e vegetais) vêm sendo largamente estudados pela ação protetora e antioxidante que desempenham. Dentre os vários fitoquímicos, a antocianina, pigmento responsável pela cor preta, vermelha e azulada de diversos alimentos, presentes na casca da berinjela, vem sendo associada à redução do LDL - colesterol ruim e prevenção do câncer", esclarece Luana Vasconcelos, nutricionista funcional. Existem vários tipos de berinjela, que se diferenciam por suas cores, sendo as mais comuns as de cores vermelho-escura ou roxa.

Como escolher?
  • As melhores berinjelas são as de estrutura firme e cascas bem brilhantes. As opacas e amolecidas já estão velhas e perderam um pouco de suas propriedades. A especialista conta ainda que a Berinjela de boa qualidade deve apresentar haste verde e firme, fruto escuro, sem manchas, macio, de pele fina, brilhante e sementes claras.

O melhor do preparo!
  • A berinjela pode ser cozida, assada, grelhada, frita, em conserva e utilizada no preparo de diferentes pratos como patês, tortas, saladas, recheada, em lasanhas, entre outros. Atenção, pois devido a consistência esponjosa, quando frita absorve muito óleo.
  • Sempre que possível, prefira a berinjela com casca e em pedaços grandes para minimizar a perda de nutrientes durante o cozimento.
  • Evite o tempo prolongado de cozimento em altas temperaturas, reduzindo assim a perda das vitaminas.
  • Antes de ser preparada, deve ser bem lavada em água corrente e preferencialmente ser cortada pouco antes do preparo.

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Fonte: Guia da Cozinha


12 agosto, 2011

Alimentos prejudiciais à saúde

Sua alimentação está equilibrada?

Ou será que o consumo de alimentos prejudiciais à saúde estão predominando?




Para leitura da matéria completa "Os 10 tipos de alimentos mais prejudiciais à saúde" clique no link abaixo:




Poluente Orgânico Persistente (POP)

A contaminação global por uma variedade de químicos orgânicos persistentes, como as dioxinas e PCBs (bifenis policlorados), resultam na exposição humana durante todas as fases de desenvolvimento e crescimento.




Concentrações detectáveis de PCBs e dioxinas têm sido encontradas no líquido amniótico, placenta e tecidos fetais. Estudos coorte com humanos têm indicado que a exposição (mesmo ambiental ou passada) produz efeitos como menor peso ao nascer, alterações nos hormônios tireoideanos e linfócitos, além de detrimento do desenvolvimento neurológico.

As dioxinas representam um grande grupo de poluentes orgânicos persistentes, caracterizadas como clorados contendo heteroátomos, sendo altamente lipossolúveis. Estão presentes como contaminantes de herbicidas e são carcinogênicas, teratogênicas e mutagênicas. A toxicidade da dioxina irá depender do número e da posição dos átomos de cloro. A grande maioria da dioxina produzida provém da combustão industrial, principalmente das fábricas de PVC (cloro polivinil) e da incineração de lixo.

Durante a combustão, as dioxinas são liberadas no ar e se acumulam no solo e água, inserindo-se na cadeia alimentar, resultando em altas concentrações em alimentos como carnes, produtos lácteos e peixes, devido principalmente a sua característica lipossolúvel. Há um consenso geral de que as dioxinas requerem altas temperaturas de combustão (por exemplo, incineração) para serem formadas; estima-se que cerca de 95% da exposição diária total provêm de leite e produtos lácteos, carnes, peixes e ovos.



A exposição pode ser reduzida pela redução da ingestão das fontes dietéticas de gordura animal; entretanto a eliminação das fontes primárias requer redução e eliminação da incineração das fontes emissoras, particularmente produtos contendo PVC.

            Não há dúvidas científicas sobre a ocorrência de migração de contaminantes químicos de embalagens que entram em contato com alimentos. Assim, os materiais de embalagens que entram em contato com alimentos devem ser seguros, visto que podem interagir com os alimentos durante o processamento, armazenamento e transporte.

Diante disso, há comissões regulatórias que fornecem as bases seguras para a proteção do consumidor final contra a contaminação química inadmissível de materiais que entram em contato com alimentos. Ainda, recentemente uma comissão européia formada por pesquisadores internacionais demonstrou que há métodos científicos disponíveis para detecção e cálculo das substâncias químicas migratórias de plásticos para alimentos.

            Considerando-se os dados acima, podemos observar que o calor é o fator limitante para a produção de dioxinas, e que as mesmas estão presentes em produtos à base de PVC.

Portanto, como medida de precaução, devemos alertar que o aquecimento no microondas de alimentos gordurosos em embalagens que contenham PVC, pode aumentar as chances de produção de dioxina. Ainda sabemos que o uso do forno de microondas para aquecimento de alimentos pode alterar a estabilidade dos ácidos graxos poliinsaturados, aumentando sua susceptibilidade à oxidação.


Texto adaptado de VP Consultoria Nutricional.

11 agosto, 2011

Óleo de coco

O óleo de coco virgem é obtido através do coco fresco onde diferentes métodos podem ser utilizados, incluindo desde as tradicionais fermentações para a separação do óleo da água até as modernas prensagens mecânicas. Como elevadas temperaturas e solventes químicos não são empregados, o óleo mantém seus fitoquímicos naturais, responsáveis pelo suave sabor e aroma de coco encontrado no óleo virgem. Recomenda-se que o óleo de coco virgem seja utilizado em preparações frias como saladas e sucos,assim como na finalização de pratos quentes, a fim de preservar sua riqueza de antioxidantes.



O óleo de coco, por sua rica qualidade nutricional, é relacionado com algumas propriedades interessantes para nossa saúde:
  • Propriedade termogênica: fonte de triglicerídeos de cadeia média (TCM) com rápida absorção e solubilidade. Após absorção intestinal, os TCM são transportados diretamente para o fígado, através do sistema porta, onde são beta-oxidados, aumentando a termogênese pós-prandial.
  • Propriedade microbiológica: interessante agente antimicrobiano, é especialmente rico em ácido láurico, o metabólito funcional do ácido láurico é a monolaurina, uma das principais substâncias com atividade antiviral e antibacteriana encontradas no leite humano, que também possui ação imunomoduladora.
  • Propriedade antioxidante: ações antioxidantes não só pela presença de vitamina E, mas também pela presença do ácido fenólico.

Ainda são atribuídos os seguintes benefícios:
  • Proteção cardiovascular
  • Ação anti-inflamatória
  • Auxilia na elevação do HDL (bom colesterol)
  • Auxilia a resposta imunológica
  • Efeito sacietogênico


13 julho, 2011

Diabetes

Participação de Luana Vasconcelos na revista Saúde Todo Dia, edição de Julho, especial sobre DIABETES





01 julho, 2011

Contaminação de alimentos


A contaminação de alimentos é um dos principais problemas de saúde em inúmeros países. Ao armazenar tais alimentos em nossa casa, e principalmente no momento de sua manipulação para nosso consumo, devemos ter alguns cuidados para garantir a qualidade e higiene da refeição a ser consumida.




Abaixo, o link de um guia prático para evitar a contaminação de alimentos:


http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/album/1106_previnir_bacterias_album.jhtm#fotoNav=1






Desaleitamento adulto


Adepta a campanha de Dra Gisela Savioli!







Intestino

Participação de Luana Vasconcelos e Dra Maria Emilia Gadelha Serra do Instituto Alpha de Saúde Integral na revista Vida Natural & Equilíbrio.





Livro Síndrome Fúngica

LIVRO  “Síndrome Fúngica - Uma epidemia oculta”
  
Saiba porque as infecções fúngicas estão cada vez mais frequentes e sua relação com o desencadeamento de doenças e sintomas como:
depressão, candidíase, queda de cabelo, distúrbio de concentração, ansiedade, fadiga crônica, tireoidite, psoríase, infecção urinária, compulsividade, alergias, bronquite, obesidade, irritabilidade, colite, dor de cabeça, entre outras.

Aprenda a tratar e prevenir através da sua alimentação!




Autoras
Denise Carreiro
Luana Vasconcelos
Maria Elizabeth Ayoub

01 junho, 2011

Painço

Nada disso! Ele não é comida apenas para passarinho!

O painço é um grão para a nossa alimentação assim como outros cereais...

O painço tem considerável quantidade de proteínas e de alguns minerais como magnésio, ferro, cálcio, importantes para nossa massa óssea e muscular, além de ser excelente fonte de energia para nosso corpo ficar bem disposto para as tarefas do dia a dia e dar aquele pique a mais na hora da atividade física.

O magnésio, em especial, tem um trabalho fundamental para nossa saúde, ele auxilia no controle do açúcar sanguíneo, uma boa dica para as pessoas que estão com a glicemia no limite!

Por ser um cereal, não poderia faltar comentar das fibras, que além de ajudar nosso intestino trabalhar melhor, auxiliam também a controlar nosso nível de colesterol.

E para os esquecidos ou os de mal humor, mais uma dica! O painço é fonte de fósforo e triptofano, responsáveis por uma excelente memória e um bom humor!

Agora que você já conhece este cereal é só testar em suas preparações, pode incluir em receitas de pães, massas, saladas, sopas, entre outras, mas lembre-se, o grão deve ser fervido (10 minutos) antes de ser utilizado.

01 maio, 2011

Culinária Japonesa

A culinária de origem japonesa, muito apreciada ao redor do mundo, esta cada vez mais presente no hábito alimentar também dos brasileiros. Saiba um pouco mais sobre alguns dos ingredientes encontrados nesta gastronomia:

 


MOYASHI
O moyashi, também conhecido como broto de feijão, é utilizado em países orientais há mais de dois mil anos, e tornou-se um alimento mundialmente consumido. Saboroso, rico em fibras, com baixo teor calórico, possui em sua composição nutrientes como cálcio (mineral essencial para formação óssea, para regular nossa pressão arterial), ferro (necessário para nossa defesa imunológica, para melhor concentração, aprendizado a resistência física) e vitaminas como o complexo B (importante para nossa mente ao evitar depressão, irritabilidade, diminuição de memória; evitar a fraqueza e fadiga muscular, manter a integridade de nosso intestino, e a boa digestão). É muito utilizado em preparações cozidas assim como em saladas cruas, e para utilizá-lo basta que ele seja refogado ou levemente fervido. As sopas e os refogados de carnes e legumes também são ótimas combinações com o moyashi.





TOFU
O tofu, uma espécie de “queijo”, é um alimento produzido a partir da coagulação da soja. Originário da China foi introduzido no Japão por volta do ano 600, mesmo sendo um alimento muito antigo ainda é um dos mais consumidos no Japão, China e Coréia. O tofu é fonte de cálcio, isoflavonas e proteínas, responsáveis por construir e conservar nosso organismo, como a formação e manutenção de nossos hormônios, neurotransmissores, enzimas digestivas, dos nossos músculos, ossos, pele, cabelo, unhas. O tofu é macio e poroso, absorvendo os temperos facilmente, pode ser utilizado cru (in natura), cozido, grelhado, ao vapor, frito, em preparações doces e salgadas, sopas, patês, molhos, recheado. Indivíduos com intolerância ou alergia a soja não devem ter como hábito o consumo deste alimento.



MISSÔ
Derivado da soja fermentada, o missô é resultado da mistura de soja, arroz e sal marinho. Tem a textura de uma pasta levemente salgada e de cor marrom. Em sua composição nutricional encontramos todos os benefícios da soja fermentada (citados anteriormente) além de algumas vitaminas do complexo B como a B2 e B12, e a presença do mineral cálcio essencial para nosso equilíbrio orgânico, assim como o alto teor de proteínas. Há uma variedade no tipo de missô encontrado para o consumo, alterando entre eles a suavidade e a massa menos ou mais encorpada. O Missô é indicado no preparo de sopas, patês, legumes e no tempero de saladas, carnes e refogados.



NORI
O Nori é uma espécie de folha fina e desidratada feita a partir de algas marinhas utilizadas frequentemente em pratos da culinária japonesa. Apresenta cor esverdeada ou avermelhada dependendo da espécie de alga empregada na fabricação. A alga Nori é rica em proteínas, em minerais como ferro e cálcio, em vitaminas como A, C e complexo B; possui também grande quantidade de fibras solúveis (aumentam a proteção contra infecções e contribuem para redução do colesterol total) e de fibras insolúveis (auxiliam no funcionamento do intestino prevenindo a constipação intestinal). Na maioria das vezes a alga Nori é acompanhada de arroz, sendo ideal para preparação de sushis, bolinhos de arroz, ou servi-las como aperitivo (alga temperada), sopas, refogados e vegetais.



SAQUÊ
O Saquê não é uma bebida destilada, mas sim uma bebida alcoólica fermentada, a qual tem como base o arroz. É típica na cultura japonesa, e tradicionalmente é consumido quente ao início da refeição. Hoje o mais comum é o consumo do saquê em temperatura ambiente ou gelado. Quando aquecido, deve ser preparado em banho maria. O saquê atinge em torno de 20% de teor alcoólico, uma das porcentagens mais altas entre as bebidas fermentadas. Pode ser utilizado em preparações como sukiyaki, ou acompanhando pratos durante as refeições. É muito utilizado em aperitivos e cocktails.




SHOYU
Shoyu é o nome mais popular para o molho de origem chinesa feito a partir da fermentação natural de grãos de soja e amplamente utilizado na culinária oriental. Os japoneses utilizaram a invenção chinesa para criar um molho próprio, que em sua versão líquida, denominaram de shoyu e na pastosa, denominaram missô. Os nutrientes contidos no shoyu se equivalem aos existentes nos demais produtos à base de soja como proteínas, minerais, como ferro, fósforo, potássio, magnésio, manganês e vitaminas do complexo B. Devemos ficar atentos ao excesso de sódio que este alimento oferece, quando o nível de sódio aumenta em nosso sangue favorecemos a retenção de líquidos, o aumento do volume sanguíneo e da pressão arterial. Nas opções de shoyu light, a quantidade de sódio está um pouco reduzida em relação ao tradicional. É utilizado em molhos para saladas, tempero para carnes, peixes, legumes, tofus, em sopas, sushis, sashimis, conservas.



WASABI
O wasabi fresco, usado para acompanhar sushi e sashimi, é originário do Japão e, embora tenha semelhança com a raiz-forte, apresenta um sabor mais delicado. Na forma de pasta ou seco, muitas vezes o wasabi é feito a partir de raiz-forte, mostarda e corante. As raízes são usadas como condimento, principalmente na culinária oriental. Rica em vitamina A (essencial para formação de unha, pele, cabelo) e vitamina C (antioxidante, combatendo o envelhecimento precoce de nossas células, melhora nosso sistema de defesa) além de propriedades anti-séptica e digestiva. A raiz-forte pode ser consumida ao natural, ralada, adicionada em molhos, servida com carnes ou peixes, para temperar verduras, ovos. É um tempero muito utilizado na forma de pasta para acompanhar os sushis e sashimis.


01 abril, 2011

Obesidade

Em semana dedicada para a boa alimentação, um dos temas abordados pelo Jornal Futura, através da jornalista Juliana Carreiro, foi obesidade e desnutrição, ou melhor, porque uma pessoa obesa pode estar desnutrida!


Segundo a pesquisa de orçamento familiar (POF) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre 2008 e 2009, houve um grande aumento no número de indivíduos obesos em nosso país. Verificou-se que entre 2002 e 2009 a população feminina obesa aumentou de 28,7% para 48%, e a masculina de 18,5% para 50,1%.
Estes dados são preocupantes, já que o excesso de gordura corporal, principalmente a abdominal (barriga), está diretamente relacionado com alterações do perfil lipídico (colesterol e triglicérides), com o aumento da pressão arterial e a hiperinsulinemia, considerados fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, como o diabetes mellitus tipo 2 e as doenças cardiovasculares.

Apesar da obesidade e desnutrição aparentemente apresentarem condições opostas, sabemos que possuem um ponto em comum, a carência nutricional.
Que um indivíduo desnutrido sofre de carências nutricionais, a maioria das pessoas já fazia ideia, porém, que um obeso também pode sofrer as mesmas carências ainda é novidade para muita gente!
Quando os nutrientes necessários para o bom funcionamento de nosso organismo não estão presentes, muitas funções em nosso corpo podem ficar desreguladas, a ativação de nosso gasto energético é um dos pontos que pode sofrer com essa desregulação gerando, por exemplo, maior dificuldade em controlar o peso. Quando são nossos neurotransmissores que "sofrem" tais consequências da carência alimentar, podemos ficar mais ansiosos, deprimidos, compulsivos e descontar no consumo de alimentos o que acaba também interferindo em nossa composição corpórea.
A carência nutricional pode acontecer por diferentes fatores, pode ocorrer por não consumirmos a quantidade e qualidade ideal dos alimentos, por não conseguirmos fazer uma boa digestão do que ingerimos, por não absorvermos corretamente os nutrientes presentes em nossas refeições, pode acontecer também por estes nutrientes, depois de absorvidos, não conseguirem ser bem aproveitados por nossas células, ou até mesmo por estarmos com excesso de "toxinas" em nosso sangue que não deixam o equilíbrio interno acontecer.
Portanto, fica aqui mais uma vez ressaltado, a importância da qualidade de nossas refeições para que a saúde geral e consequente adequação de nosso peso aconteçam de forma natural e equilibrada.


02 março, 2011

Banana Verde - Biomassa

A banana é uma das frutas mais consumidas no mundo, tem como as mais conhecidas variedades a banana prata, maçã, terra. É considerada uma das principais fontes de amido na alimentação apresentando também proporções de vitaminas como A, C e complexo B, e minerais como potássio, fósforo, cálcio, sódio e magnésio.

A banana ainda verde, quando cozida, apresenta alto conteúdo de amido resistente presente na polpa da fruta. Ao chegar no intestino grosso, o amido é fermentado produzindo ácidos graxos de cadeia curta, reduzindo o pH local, o deixando mais acidificado. A redução do pH do intestino grosso pode gerar diversos efeitos benéficos ao organismo como, a inibição de substâncias que favoreceriam surgimento de células cancerígenas e, ao mesmo tempo, diminuir o teor de colesterol sanguíneo por formação de novos ácidos biliares.
O benefício do amido resistente é similar ao da fibra alimentar, além de manter a integridade do nosso intestino, responsável pela seleção do que é bom ou não para nossa saúde, auxilia também na função intestinal adequada, atuando na prevenção e tratamento de quadros como diarreia e prisão de ventre.
A banana verde é considerada um alimento de baixo índice glicêmico, ou seja, sua digestão e absorção são mais lentas, e assim a quantidade de glicose liberada no sangue ocorre de forma gradativa e controlada, e a liberação de insulina é reduzida, poupando nosso pâncreas, favorecendo assim a prevenção do diabetes tipo 2.


A banana verde na forma cozida é apropriada ao preparo de subprodutos como a biomassa e a farinha de banana verde, que são utilizadas para a confecção de patês, bolos, massas, em sucos de frutas, etc. Porém, para não perder o amido resistente, o ideal é que não tenha novo aquecimento na preparação realizada.
Embora a farinha da massa de banana verde tenha quantidade reduzida de amido resistente em relação à biomassa, ela também possui alta fermentabilidade e contém significativa proporção de fibra alimentar solúvel.



RECEITA DE BIOMASSA

Lave as bananas verdes com casca e enxágue bem. Em uma panela de pressão com água fervente, cozinhe as bananas verdes com casca, cobertas com água por 20 minutos. Desligue o fogo após os primeiros 8 minutos, e deixe que a pressão continue cozinhando as bananas. Espere o vapor escapar naturalmente. Ao término do cozimento, mantenha as bananas na água quente da panela. Vá aos poucos tirando a casca da polpa, que deve ser passada imediatamente no processador. É importante que a polpa esteja bem quente, para não esfarinhar. Coloque a quantidade desejada da polpa cozida quentíssima no processador e processe até obter uma pasta bem espessa. Se não for utilizar imediatamente, guarde a polpa, esta pode ser guardada de 3 a 4 meses no congelador.



20 fevereiro, 2011

Gordura abdominal

Em entrevista recente para a revista SUA SAÚDE opinei sobre o tema que deixa a maioria das mulheres em pânico,  a temida gordura abdominal, "carinhosamente" chamada de pneuzinhos!


O principal ponto que gostaria de ressaltar por aqui também, é que, muito antes da gordura que salienta na região do abdômen ser o acúmulo de calorias de nossas refeições, ela é um sintoma de inflamação de nosso corpo, inflamação esta que acontece quando algo em nossa digestão não vai bem. Os principias fatores que costumam atrapalhar nossa digestão são:
  • Mastigação inadequada
  • Inibição de ácidos e enzimas digestivas
  • Consumo excessivo de alimentos de difícil digestão
  • Excesso de química proveniente de produtos altamente industrializados
  • Carências nutricionais

Como ressaltado, a "barriguinha" pode ser também consequência de carências nutricionais e não apenas dos excessos como imaginamos. A alimentação monótona e mal fracionada, além de reduzir nosso gasto energético acarreta em carência de nutrientes que auxiliariam a glicose "não sobrar no sangue e não virar gordura". A alimentação variada e equilibrada também é importante para garantir ao nosso cérebro que estamos bem nutridos e não precisamos estocar a gordura como uma reserva para sobrevivência.

Portanto, fica aqui a dica: Contar calorias não é a melhor forma de ajustar nosso organismo!

19 janeiro, 2011

Probióticos e Prebióticos

Os seres humanos estão envolvidos em simbiose com aproximadamente 10¹ micro-organismos de diferentes cepas. Temos mais bactérias em nosso intestino do que células em nosso corpo! É importante que as boas bactérias (denominadas probióticas) prevaleçam para que tenhamos um adequado funcionamento intestinal e orgânico. Se nossa microbiota (flora intestinal) estiver equilibrada com quantidades favoráveis de bactérias probióticas nossa defesa contra invasores será eficiente, caso contrário, bactérias patogênicas, fungos e leveduras irão proliferar fazendo com que toxinas e parasitas se acumulem, dificultando nossa defesa e desequilibrando nossa saúde intestinal.


Probiótico é um suplemento alimentar microbiano vivo que afeta de forma benéfica o hospedeiro através da melhoria do balanço microbiano intestinal. Entre as bactérias intestinais, as que estão presentes em maior quantidade para formar uma microbiota saudável são: Lactobacillus rhamnosus, Bifidobacterium bifidum, Bifidobacterium longum, Streptococcus faecium, Lactobacillus casei, Lactobacillus bulgaricus. Os efeitos terapêuticos dos probióticos não são devidos a uma única cepa (espécie), mas sim a comprovada simbiose de diferentes cepas.

Além dos probióticos, outro ingrediente também irá auxiliar a manter a harmonia em nosso intestino, são os chamados prebióticos. Prebiótico é o “alimento” dos probióticos, e pode ser descrito como um ingrediente alimentar não digerível que tem como principal ação estimular o crescimento das boas bactérias (probióticas) do trato intestinal trazendo os consequentes benefícios para nossa saúde. As substâncias prebióticas são fructanos, derivados poliméricos da sacarose. Os principais são os fruto-oligosacarídeos (FOS), os galacto-oligossacarídeos e a inulina. Como fonte alimentar de inulina temos o alho, o alho porró, o aspargo, a chicória e o trigo; e como fonte de FOS podemos consumir a banana, a cevada, o mel, o centeio e o tomate.