17 novembro, 2010

Autismo

Autismo é um transtorno neurológico que implica em dificuldades nas interações sociais, alterações comportamentais e de comunicação. Trata-se de uma desordem de desenvolvimento que se manifesta durante os primeiros anos de vida da criança onde a comunicação e a interação são severamente comprometidas. Embora a causa do autismo seja desconhecida, muitos fatores são estudados como desencadeadores ou agravantes deste transtorno, como o desencadeamento por susceptibilidade genética ou por fatores ambientais. Assim como diversas doenças que incluem fatores genéticos e ambientais em sua patogênese, o autismo está sujeito a participação de infecções, fatores ambientais e fatores dietéticos em seu desenvolvimento, estes itens contribuem para anormalidades imunológicas, gastrintestinais, neurológicas, bioquímicas e neuroimunológicas.

Fonte da imagem: www2.uol.com.br/sciam/noticias/

Os fatores ambientais mais relacionados são:
  • Sensibilidades alimentares
  • Alterações na microbiota intestinal (disbiose intestinal)
  • Intoxicação por metais pesados


Existem evidências de que alimentos que contenham caseína (proteína do leite) ou glúten (proteína de alguns farináceos) contribuam significativamente para ASD (Autistic Spectrum Disorder – Espectro da Desordem Autística) e que a eliminação destes alimentos possa contribuir para a melhora do quadro.

A intolerância pela caseína do leite, digerida pela enzima renina, e a intolerância ao glúten, digerido pelas peptidases, pode ser desencadeada pela deficiência destas enzimas específicas para quebra destes alimentos.

A modificação na conduta alimentar, com dieta isenta de glúten e caseína, tem mostrado resultado positivo na melhora dos sintomas autistas, como irritabilidade, agressividade e qualidade do sono. No trabalho desenvolvido por McCandless*, onde crianças autistas foram submetidas a tratamento nutricional livre de glúten e caseína, foi observada melhora nos seguintes itens: comunicação, contato visual, concentração, crises de raiva, reação de pânico a lugares desconhecidos, linguagem oral e função intelectual. Entre os familiares de crianças autistas há um forte consenso de que modificar a alimentação e a função do trato gastrintestinal é a base para o sucesso dos outros tratamentos.

Fonte da imagem: www.vidasemglutenealergias.com

O que conclui-se ao analisar diferentes estudos relacionados ao autismo no que diz respeito a fatores ambientais, é que a eliminação de alimentos potencialmente alergênicos da dieta (a sensibilidade aos alimentos é variada e individual, porém, os mais relacionados por estudos científicos são alimentos que contém caseína e glúten), a melhora da integridade do intestino e uma terapia de quelação, juntamente com a suplementação de nutrientes destoxificantes e estimulantes do sistema imunológico, podem contribuir com a melhora da qualidade de vida destes pacientes.


Saiba mais...
"Tem sido sugerido que alguns dos efeitos cerebrais adversos, associados ao consumo de alimentos com alto teor de caseína e glúten, estaria relacionado ao efeito opióide que os peptídeos dessas proteínas geram. Os opióides são pequenos polímeros de aminoácidos, também chamados de exorfinas. Tal excesso de opióide interfere nos neurotransmissores em nível simpático e reduz a força dos impulsos sensoriais. As proteínas caseína e glúten são conhecidas por se quebrarem em peptídeos com atividade opióide, identificados respectivamente como caseomorfina e gluteomorfina ou gliamorfina ou ainda gliadinomorfina. Os peptídeos provindos da alimentação, juntamente com toxinas de bactérias e xenobióticos, como o mercúrio, ligam-se aos receptores linfocitários e/ou a enzimas teciduais, resultando em reações autoimunes nas crianças com autismo.

As crianças autistas são extremamente seletivas em sua alimentação e é visível que os alimentos que estas têm preferência, em especial alimentos que contenham leite e farinha de trigo, são os que mais lhe trazem alterações e danos. Possivelmente estas alterações observadas são conseqüência da ação da gluteomorfina e caseomorfina que cruzam a barreira hemato-encefálica e geram sérios problemas neurológicos, tanto a gluteomorfina como a caseomorfina podem gerar prazer e euforia momentaneamente ao consumir o alimento, e num momento posterior levar a irritabilidade e a agressão, estabelecendo uma relação de dependência do glúten e da caseína (alimentos com trigo e leite) para sentir-se melhor, já que em um primeiro momento o consumo do alimento leva o autista ao prazer e bem estar, desenvolvendo assim o chamado vício."


*MCCANDLESS, J. Bio-Medical Treatment Approach to Autism Spectrum Disorder, Including Heavy Metal Detoxification, 2002.

2 comentários:

  1. Muito interessante essa reportagem sobre o autismo e sua relação com as proteínas do leite e glúten. Não tinha o menor conhecimento a respeito. Continue com as postagens e parabéns pelo Blog!

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